terça-feira, 30 de novembro de 2010





A criança que um dia fui segredou-me
Palavras inocentes e despidas
Pensamentos mágicos e sorridentes,
Falésia alta de onde me precipitei,
Muro de sentimentos brandos mas não menores
Foste tu oh criança, essa mesma que um dia já fui
Lá ficaste cantando como quem chora,
Rindo como quem parte.
Jazes em mim em pensamentos amorfos,
De um passado bem menor, Preenchido de sentimentos grandiosos.
Semente em mim anunciaste,
E em mim ela cresceu, terreno fértil, de onde partiu sem morrer.
Palavras vãs dos seus lábios escutei,
Aqueles, que um dia beijei, pensando nada mais precisar.
Mentira feliz de um presente resgatado
Melodiosa harmonia de um desconcertante infortúnio
Procuro-a, mas não a encontro.
Dourados sonhos esses seus cabelos,
Pele sua de magnânima fragrância
Resquícios de felicidade que outrora procurei.
Sonhos inundados por secas correntes,
Correntes que levaram, e bem longe eu fiquei,
Nau sua que se passeia e que o sol ameaça engolir.
Areia grossa, espuma doce de um mar revolto,
Palavras mentirosas,
Deuses soberbos que tudo querem,
Pensamentos loucos e virtuosos…
…………………………………………………
…luzes que se apagam, medos que se acendem…

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